Animes que merecem remake
Animes ganhando remakes não são muito comuns, embora isso ocorra vez ou outra. Ultimamente, isso vem acontecendo com certa frequência. Alguns exemplos de animes que ganharam remakes são Evangelion, Fullmetal Alchemist, Hunter x Hunter, Sailor Moon e Dragon Ball. Exemplos mais atuais incluem Samurai X, The Bartender, Higurashi e Okami to Koushinryou.
Outro fenômeno que vem ocorrendo em paralelo são as continuações de animes após muito tempo. O advento do streaming e a queda da mídia DVD podem estar relacionados com essas mudanças na indústria dos animes, embora o número de vendas de animes em Blu-ray ainda conte bastante.
Eu sei que isso será inevitável: falo de um remake completo de Naruto. Dragon Ball Z ganhou um remake chamado Dragon Ball Kai, com todos os fillers sendo retirados. One Piece ainda não acabou, mas ganhará um remake em 2025 pela Netflix. Naruto acabou há quase uma década, mas já engancharam Boruto em seguida.
Acredito que Naruto ganhará um remake pelo fato de a obra de Masashi Kishimoto ser um fenômeno mundial. Em 2022, comemorando 20 anos, um vídeo especial de Naruto foi publicado pelo canal do estúdio Pierrot. O vídeo, com pouco mais de 9 minutos, impressionou a todos com a alta qualidade da animação e dos efeitos. Suponho que o vídeo serviu como um termômetro para os fãs, permitindo que imaginassem como seria um remake com aquela qualidade e fomentando uma boa discussão na internet.
Agora, falando mais sobre o motivo pelo qual Naruto merece um remake: além do enorme número de episódios fillers, que faziam sentido na época para não alcançar o mangá, há razões relacionadas ao desenvolvimento correto dos personagens e à mudança do final. Um projeto de desenvolvimento que foi deixado de lado e me chateia até hoje é a aptidão da Sakura para o Genjutsu. Além do desenvolvimento dos personagens, o final de Naruto poderia ser diferente, com ele virando Hokage e sem aquele gancho para Boruto.
Alguns clássicos da Shonen Jump já obtiveram um remake sem fillers e com um tratamento mais cuidadoso nas animações.
O anime “Fate Stay Night” saiu há quase 20 anos pelo estúdio Deen, uma adaptação de um jogo VN (Visual Novel) de mesmo nome lançado pela Type-Moon, com roteiro de Kinoku Nasu e ilustrações de Takashi Takeushi. Fate Stay Night é dividido em 3 rotas, cada rota com foco em uma heroína, são elas: Saber, Rin Tohsaka e Sakura Matou. A cada rota, um grande segredo referente à trama maior é revelado. A rota de Saber chama-se “Fate Stay Night”, a rota de Rin Tohsaka chama-se “Unlimited Blade Works” e a rota de Sakura Matou chama-se “Heaven’s Feel”.
A trama central básica de desse primeiro anime de Fate foca em um ritual chamado “Guerra do Cálice Sagrado” ou “Guerra do Santo Graal”. Essa guerra consiste em sete magos invocando sete espíritos heróicos do passado que lutarão na guerra como servos, no fim, o mestre e o servo vencedor obterão o santo Graal e poderá usá-lo para realizar um desejo, ambos o mestre e o seu servo. A rota de Saber foi adaptada em 2006, as demais rotas foram adaptadas posteriormente. A primeira adaptação da segunda rota “Unlimited Blade Works” foi em forma de filme em 2010, também feito pelo estúdio Deen. O estúdio Ufotable adquiriu os direitos de Fate e fez um remake em forma em forma de série animada em 2014 da rota “Unlimited Blade Works”.
A terceira rota chamada de “Heaven’s Feel” foi adaptada em 3 filmes também pelo estúdio Ufotable, com a heroína Sakura Matou como seu foco. Os filmes foram lançados em 2017, 2019 e 2020 respectivamente.
Fate Stay Night, a primeira rota poderia ter um remake também pela Ufotable, ligando ao “Fate/Zero”, anime também feito pela Ufotable com base em uma Light Novel. Fate/Zero também poderia ser uma prequel do remake de Fate Stay Night, trazendo pontos de desenvolvimento melhores que a versão de 2006 e o romance melhor trabalhado entre a heroína Saber e o protagonista Emiya Shirou.
Outra obra da Type-Moon que merece um remake em anime, mas que já ganhou um remake em sua mídia original é o jogo Tsukihime. Tsukihime teve uma adaptação em anime em 2003 pelo estúdio J. C. Staff. Apesar de ser uma adaptação ruim, ela ajudou a popularizar a heroína Arcueid Brunestud para o nicho otaku ocidental nos anos 2000. A adaptação de 2003 é muito ruim, principalmente na estrutura do enredo em comparação à rota da Arcueid no jogo Tsukihime.
Adaptado em 12 episódios, o anime de Tsukihime não possui profundidade no desenvolvimento de nenhuma das heroínas, o que fez com que a trama ficasse jogada. Um remake poderia ficar a cargo também do estúdio Ufotable, já que o estúdio vem trabalhando com a Type-Moon desde os filmes de Kara no Kyoukai, ainda nos anos 2000.
Um trailer de anúncio do remake do jogo foi lançado pela Ufotable em 2020, focado na heroína Arcueid. Outro trailer saiu pouco tempo depois, focado na heroína Ciel. O lançamento do aguardado remake do jogo de Tsukihime acabou gerando nos fãs a vontade de que o anime também tivesse um remake, até mesmo seguindo o enredo do remake do jogo. Se não for um anime para a TV, poderia ser uma trilogia de filmes com 2 horas de duração cada. Esse é um padrão mais comum na indústria de animes atualmente.
Os Cavaleiros do Zodíaco têm diversas
diferenças entre o anime e o mangá. Sei também sobre o reboot de CDZ feito pela
Netflix, até ela vender os direitos. Essa reinicialização não foi muito bem
recebida, para ser gentil. Muita coisa do original foi alterada, incluindo a
mudança de gênero de um dos personagens principais, de homem para mulher.
Apesar de CDZ ter excelentes fillers, como os episódios do Cavaleiro de Cristal
(personagem filler), outros fillers clássicos são a saga de Asgard e os filmes
com Abel, Éris, Ártemis e Lúcifer como antagonistas.
Um remake de CDZ mais fiel ao mangá
traria uma nova e ao mesmo tempo familiar sensação. Há uma dúvida clássica
entre os fãs de CDZ, que é até divertida de pensar sobre: a identidade do
mestre que deu a sagrada armadura de Pégaso para Seiya.
Acho que a principal coisa que os fãs gostariam de apagar da franquia e da memória são os Cavaleiros de Aço, hehehe. A questão de a violência ser mais branda no anime em comparação ao mangá não me incomoda. A violência no mangá é bem mais gráfica e talvez em um remake mais fiel, eles optem por mantê-la no anime.
Além do remake da Netflix não ter uma aceitação unânime, nem perto disso, o filme live-action de Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya no original) flopou de maneira vergonhosa, não chegando nem perto de se pagar.
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Esses são alguns animes que, em minha opinião, merecem um remake, e alguns até deveriam ter um. Há outros animes que também têm chances de ganhar remakes. Quais vocês gostariam de ver?
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